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quarta-feira, 9 de junho de 2010

loucura'

Como todas as manhãs insuportáveis, a única coisa que faço de melhor é tirar o meu cochilo com a cabeça sob a mesa e as costas de uma maneira que depois sinto o resultado na dor. Ao longe eu conseguia escutar a professora falar coisas que pra mim não faziam sentindo algum, e aquelas pessoas a minha volta que não paravam de falar só me irritava.
Mas uma voz diferente e com um belo sotaque me chamou atenção, e concerteza chamou atenção daquele povo que por um instante conseguiram ficar quietos. Era um homem com a idade um pouco avançada, de camisa, gravata, calça social e um sapato bem engraxado, e em sua mão uma pasta preta e uma caixa amarela, e sob seu pescoço um crachá que mal conseguíamos ver sua foto.
Pediu-nos 15 minutos de silêncio e começou a fazer o seu trabalho... Começou nos dizer de como o mundo era la fora e de que precisávamos... Mas nem tudo que o velho falava eu conseguia distinguir. Eu estava fixada naquele olhar puro e vivido. Eu não piscava os meus olhos e também não conseguia entender o porquê do meu interesse, a sensação era de que algo me prendia daquela tal maneira! Não me lembro de ter visto aquele homem uma vez se quer na minha vida. Algo me faz quase ter a certeza de que estou ficando louca... Por que todo esse mistério? essa sensação estranha? Por que todo esse sentimento de medo com um simples vendedor de livros que na minha opinião, as melhores histórias quem contavam eram seus olhos.